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sábado, 21 de janeiro de 2012

História da Cidade de Portalegre

Origem do Nome de Portalegre
“Frei Amador Arrais conta-nos que a cidade foi edificada com o material que se aproveitou da cidade de Medobriga, fundada por Brigo, 4º rei de Espanha. Mais nos diz que tudo isto se passou cerca de 1900 antes de Cristo. Segundo a lenda teria sido um filho Baco, de nome Lysias, que um dia, achando lindas estas paragens, mandou edificar uma fortaleza e um templo que consagrou a Dionísio ou Baco. Tais construções teriam existido no sítio onde está a ermida de São Cristovão, sítio que domina a cidade actual. Ali perto, o arroio que corre, ainda hoje é chamado o ribeiro de Baco.
Embora faltem os elementos necessários para o provar,o que parece averiguado é que Portalegre já existia no tempo dos romanos, ainda que com outra localização, não longe da actual.
Segundo a mesma lenda, Lysias, ao fundar a povoação, deu-lhe o nome de Amaya ou Ameya. A origem de tal nome deve ter vindo de uma filha do fundador citado, chamada Maya. Ambos foram sepultados no referido templo.
Os romanos não mudaram o nome e a Amaya ou Ameya tornou-se em ruínas e ficou sem população, devido às lutas constantes da Idade Média.

Em 1259, D. Afonso lll mandou-a reedificar em sítio, onde existiam umas vendas que eram conhecidas por Portelos. Deve ter vindo daqui e da beleza do local o nome de Portalegre.

As vendas de Portelos supõe-se que existiram no local onde mais tarde se edificou a Igreja de São Bartolomeu, que também já não existe. À volta desse sítio se foram construindo edifícios com os materiais que existiam da extinta, ou quase, Amaya.

Aconteceu, porém, coisa idêntica com a nova povoação, pois as lutas entre mouros e cristãos continuaram e no seu horror e na sua violência a destruíram. Assim, transformada em ruínas, os habitantes que sobreviveram tiveram que a abandonar.

Em 1290, D. Dinis mandou construir um forte castelo, que já também não existe, duas cercas de possantes muralhas, que tinham doze torres e oito portas. Estas tinham os nome de: Teresa, Postigo, de Alegrete, de Elvas, de Évora, do Espírito Santo, de São Francisco, e do Bispo ou de Crato, algumas das quais ainda existem. As muralhas estão igualmente em bom estado de conservação.

O mais notável é que D. Dinis veio a tirar a prova de resistência da fortificação. A população de Portalegre tomou o partido de seu irmão D. Afonso, o qual se orgulhava do senhorio da localidade. O rei teve de pôr cerca à então vila, cerco que durou cerca de cinco meses, acabando pela rendição dos sitiados. D. João lll criou o bispado, em 1549.

Há uma versão que diz ter vindo o nome da cidade de Portalegre de “Portus Alacer”. Portus era um sítio entre a Penha de São Tomé e o Cabeço do Mouro, e, Alecer veio da bela situação da povoação. (Casimiro Mourato - 1954) “.

“Portalegre derivou de porto alegre. Porto significou (como já no latim portus) passagem e neste sentido também se empregou e emprega em português a significar passo ou terra entre montes.

O adjectivo alegre de certo qualificou a alegria da passagem. Como se sabe, a paisagem é idílica naquele “porto alegre”, enquadrado pela serra de São Mamede e alturas de Marvão e Castelo de Vide. Nota-se que as pessoas de fora dizem “Purtalegre”; mas “Pôrtalégre” é a pronuncia popular, o que ajuda a confirmar a formação “porto alegre”.(Prof. Dr. Vasco Botelho de Amaral 1949).

“Portalegre é cidade, capital de distrito e cabeça de concelho. Tem uma população de 48.102 habitantes e é servida pelo caminho de ferro Companhia Real. Tem 10 freguesias.Tem fábricas de lanifícios, moagens, cortiça.

O distrito de Portalegre tem uma superfície de 6.230,60 Km2 e uma população de 118 952 habitantes. Compreende 15 concelhos e 86 freguesias. Os concelhos são:Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Niza, Ponte de Sôr, Portalegre e Sousel. A serra principal é a de São Mamede com a altitude de 1.025 metros. É banhada pelo rio Tejo, que o separa do distrito de Castelo Branco, e pelos rios Sever, Niza, Figueiró (afluentes do Tejo da margem esquerda); pelo rio Raia e seus afluentes, e pelo rio Guadiana, que o separa de Espanha numa curta extensão, também pelo Caia, afluente do Guadiana.

Tem produtos agrícolas, criação de gado, grandes montados de azinheiras.”.

Capital do distrito do mesmo nome, Portalegre é uma cidade com condições próprias que lhe dão um encanto singular.

Situada numa das mais belas regiões de Portugal, edificada num planalto da serra de São Mamede, tem simultaneamente características da serra verdejante e da campina alentejana, que se conjuram num variado conjunto paisagístico.

Rica em água e rodeada de quintas, hortas e pomares, é actualmente uma cidade com 15 mil habitantes, fortemente industrializada e também dedicada ao comércio.

A sua origem perde-se na lenda recolhida por Frei Amador Arrais, que foi o terceiro bispo de Portalegre. Conta ele que a cidade foi fundada, 1900 anos antes de Cristo, por Lysias, filho de Baco (o deus do vinho), que, achando o sítio muito aprasível, mandou construir nele uma fortaleza e um templo dedicado a Baco, instalando-se aqui com a sua gente. Tais construções teriam existido no local da actual Ermida de São Cristóvão, onde ainda se encontram os restos mortais de Lysias, num cofre de madeira com epitáfio escrito em letra grega, descoberto no século XVlll, durante as obras de ampliação e colocado actualmente num nicho, no lado direito do altar-mor.

Segundo a lenda, Lysias, em memória de sua filha Maya, aqui tragicamente falecida. Os Romanos não lho mudaram e a urbe chegou a ter nessa época a elevada categoria de município romano.

Mas acabou por ficar despovoada e em ruínas durante as lutas medievais.

Repovoada após a Reconquista, Portalegre viu erguer-se muito próximo, poucos anos após a morte do santo, o Convento de São Francisco, para o qual contribuíram todos os moradores das redondezas, tendo o convento atraído mais população.

A então vila, em 1259, recebeu foral de D. Afonso lll; D. Dinis cercou-a com uma cintura dupla de muralhas, consciente da sua estratégica posição fronteiriça.

Primitivamente, a população circunscreveu-se ao recinto das muralhas, mas, com o andar dos tempos, foi-se dilatando. Construíram-se então ruas para lelas, mas, como não havia muito espaço, os habitantes começaram a ocupar o lado da Misericórdia (lado norte).

Em 1549, D. João lll , intercedeu junto do papa Paulo lll para a sua elevação a diocese, que foi criada nesse mesmo ano. No ano seguinte, D. João lll elevou Portalegre a cidade.

Em 1556, foi lançada a primeira pedra da nova Sé, consagrada a Nossa Senhora da Assunção.

A imponente construção, que ainda hoje é o principal monumento da cidade, ficou concluída no tempo de Frei Amador Arrais, que mandou fazer os retábulos da capela-mor e o de Nossa Senhora do Carmo e à sua própria custa lajeou e ladrilhou todo o pavimento do templo. A Sé foi posteriormente enriquecida com vários melhoramentos, como o grandioso orgão e uma valiosa colecção de paramentos.

Na parte antiga, dentro do recinto das velhas muralhas, nas ruas dos Besteiros e do Castelo, ficavam as moradas dos nobres em prédios de acanhadas proporções, alguns dos quais ainda se podem admirar, embora mais ou menos modificados.
Um dos mais belos monumentos da cidade é o convento de São Bernardo, adaptado a quartel, que possui um magnífico pórtico barroco. Num dos seus pátios centrais pode admirar-se uma grandiosa fonte de mármore com 16 bicas, encimada uma figura de Neptuno artisticamente trabalhada.

A sepultura de D. Jorge de Melo, fundador do convento, é considerada a mais sumptuosa e soberba de Portugal, com os seus 12 metros de altura por 6 de largo.

Tanto o túmulo como a fonte são atribuídos ao grande mestre João de Castilho.

Em miradouros privilegiados, como o de São Cristóvão, o da serra de São mamede ou do da Senhora da Penha, o visitante pode admirar toda a grandeza da cidade e estender o olhar pelos campos povoados de “montes” (chamados “alentejanos”).

Lenda da Maia

Era uma vez uma pastora chamada Maia que passava os seus dias alegremente, a guardar o rebanho nas margens de um ribeiro.

Era muito bonita, formosa e serena e um pastor chamado Tobias, muito bondoso, gostava muito dela e fazia-lhe companhia, tocando flauta.

Certo dia apareceu-lhes de repente um vagabundo que os assustou. Tobias escondeu-se atrás de um rochedo, mas Maia, hospitaleiramente, pegou na sua cabaça, encheu-a no ribeiro e ofereceu-a a Dolme. Era assim que se chamava o vagabundo, que era muito mau. Este deixou cair a cabaça de propósito e agarrou Maia com força que desatou a chamar por Tobias.

Tobias veio logo em seu auxílio para a defender do vagabundo, mas como não estava habituado a lutar, foi morto com um machado de pedra.

Maia, quando viu Tobias morto ficou apavorada e quis fugir, mas o vagabundo apanhou-a e acabou por tirar-lhe também a vida. Depois, só com as ovelhas ruminando à volta, Dolme desatou a fugir por esses outeiros fora e desapareceu na tarde.

O pai de Maia, que era Lísias, vendo que se fazia noite e a filha não chegava com o rebanho, decidiu procurá-la. Não a encontrando, regressou a casa, triste e desolado. Depois foi ao Templo que tinha mandado edificar em honra de seu pai - Baco – e orou para que nada de mal tivesse acontecido a Maia. Nessa altura, o cão que acompanhava o rebanho de Maia, uivou e ajudou-o a encontrar o corpo da filha.

Ficou como um louco com a tristeza e dor que sentia e, durante anos, ninguém o conseguiu afastar daquele local, acocorado e murmurando o nome de Maia. Os que passavam naquele ribeiro a beber um golo de água fresca, chamavam-lhe “Louco de Baco” porque ele não queria acreditar que a filha morrera.
Certo dia, porém, pareceu ao velho que Maia lhe aparecia, viva e alegre. Levantou-se a custo, estendeu os braços e iluminado de alegria íntima exclamou: “Maia, minha filha, morro feliz!”.

Um excelente pesquisa elaborada por Tiago Carrajola do 3º Ano

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